Neste contexto, vale ressaltarmos que surgiram diferentes termos na sociedade para se referir ao movimento ecológico em suas diferentes faces. Por exemplo, temos o ecologismo, o ambientalismo, o conservacionismo e o preservacionismo e seus respectivos defensores: os ecologistas, os ambientalistas, os conservacionistas e os preservacionistas. Na prática, estes tipos e formas voltados à defesa da “Natureza” acabam se confundindo.
Mesmo assim, ainda podemos diferenciá-los de um certo modo: o Ecologismo se assemelha ao Ambientalismo, representando a aplicação da Ecologia como suporte científico para a solução dos problemas ambientais, no âmbito legal, social, estético, entre outros. O Conservacionismo resulta da aplicação do conhecimento ecológico para manutenção do desenvolvimento social, considerando os meios mais ajustados para o uso dos recursos naturais. E o Preservacionismo, é o modelo mais rigoroso, que defende a delimitação de ambientes intocáveis, que não podem mais serem utilizados para a transformação dos recursos em bens de consumo para a sociedade.
Desde a década de 1970, o movimento ecológico vem crescendo, ganhando espaço entre diferentes camadas da sociedade, desde estudantes a cientistas. Diferentes encontros, conferências, comissões e grupos de pesquisa voltaram-se para os problemas ambientais, tais como a Conferencia de Estocolmo em 1972 na Suécia, os relatórios do Clube de Roma , e a constituição da Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) que elaborou um relatório global sobre os problemas ambientais e do qual veio a resultar no planejamento da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) em 1992 no Rio de Janeiro, Brasil, também conhecida como a Rio’92, Eco’92, Conferência da Terra, o encontro de cúpula da Terra.
Neste contexto, foi crescente e destacado no meio social o trabalho das organizações não-governamentais (ONGs) e das governamentais, atuando por um sistema de produção mais eficiente, de baixo custo, conservador de energia, não poluente e de qualidade, que considerasse as necessidades de reutilização e reciclagem. Dá-se início a fundamentação de um novo paradigma de desenvolvimento que passou a ser considerado o paradigma da sustentabilidade ou paradigma ecológico, sendo disseminado por todos setores sociais e globalmente, embora, mais na teoria do que na prática. O ambientalismo se relaciona ao processo de globalização que vivemos hoje não apenas em virtude de interesses econômicos no monopólio dos recursos naturais, mas, pelo reconhecimento do caráter global dos problemas ambientais.