O Fórum Global, ocorreu em paralelo ao evento oficial da CNUMAD, 1992, e segundo um dos jornais do evento (o Terra Viva) o fórum popular foi marcado pela diversidade de estilos e interesses pelo envolvimento com as questões ambientais, variando “do entusiasmo a total ignorância” sobre os motivos da ocorrência do evento. O Brasil foi o anfitrião tanto do evento dos governos como da sociedade civil, exigindo maior responsabilidade e uma participação mais significativa, que até aquela época era inexpressiva. Uma das maiores repercussões dessa condição anfitriã foi a disseminação das questões envolvendo ambiente e desenvolvimento social pela população em geral.
Outro aspecto, dos mais positivos, foi o envolvimento das pessoas, uma vez que a responsabilidade integrada é um fator essencial ao abordar as questões ambientais. A importância da participação pessoal, cidadania, ficou evidenciada como um dos aspectos mais relevantes de toda essa polêmica levantada em torno das ações sociais requisitadas pelo movimento ecológico. Tornou-se indefensável manter estas questões ambientais em uma abordagem fragmentada e hierarquizada de uma estrutura social convencional, de governos autoritários e povos submissos.
Dentre os objetivos do Fórum Global, estavam: a oportunidade de confraternização entre todos os ecologistas; a discussão dos problemas globais relacionados a pobreza, ao desenvolvimento e a qualidade ambiental; e, modificar, ao menos alguns rumos da Conferência Oficial dos Governos (Rio Centro). Na prática, o evento (o Fórum) quase que ficou pelo caminho pela falta de verbas, boicotes, mas ao final foi um sucesso, especialmente pelo compartilhamento de ações e atividades integradas de conservação, expressos por meio de vários tratados consensuais sobre Meio Ambiente.