O que é?
A biodiversidade, diversidade biológica, representa o conjunto dos seres vivos de diferentes espécies que compõem a comunidade biológica ou ecossistema de certa região. Também é reconhecida pela expressão riqueza de espécies, ressaltando a importância da diversificação nos ambientes naturais.
Os princípios que organizam as comunidades e ecossistemas naturais interagem produzindo certas regularidades na distribuição dos seres vivos pelo planeja, por isso, encontramos espécies de pinheiros mais em regiões frias, encontramos recifes de corais somente em regiões quentes, não encontramos Ursos polares no Polo Sul, assim como não encontramos Pinguins no Polo Norte, e assim por diante.
Componentes
Alguns autores consideram que a diversidade de uma área deve ser dividida em dois componentes: a riqueza, correspondente ao número de espécies e a uniformidade ou equanimidade, correspondente ao número de indivíduos presentes na população de cada espécie. De fato, é raro existir a completa equivalência ou equanimidade (evenness, em inglês) em uma comunidade. Uma equanimidade completa seria a proporção equitativa ou igualitária do número de indivíduos em cada espécie, por exemplo: um local com 10 espécies e onde cada uma possuísse 10 indivíduos (total de 100 indivíduos). Uma equanimidade muito baixa, seria um local com 10 espécies, onde uma espécie teria 91 indivíduos e as demais com um indivíduo, cada.
Excluindo estes exemplos extremos, o mais comum é observarmos que há variações no grau de importância ou dominância entre as espécies na comunidade. Por exemplo, naquele local onde que haveria espécies com somente um indivíduo, dentre elas poderia haver uma frutífera da qual muitos animais dependeriam dela para alimento e abrigo.
Outro fator importante é a dinâmica do ambiente, a exemplo da migração de animais, eventos de clima e do tempo tal qual as tempestades, furacões, entre outros. Eles podem gerar alterações de condições ambientais e aumentar a diversidade, principalmente, quando há uma forte dominância de alguma espécie, pois a espécie dominante, a que possui mais indivíduos, é a que sente mais os efeitos das alterações. As áreas pequenas que são alteradas por estes eventos, mas que possuam uma vizinhança com diversidade representativa, tendem a se recuperar rápido.
Um exemplo interessante é o caso que ocorre pela ação dos predadores que atuam no controle da população das espécies herbáceas em uma área de pastagem extensa. Na região do Alto Rio Paraná, por exemplo, ocorre o cervo do pantanal. Se o cervo estivesse ausente ou extinto dessa região poderia haver uma redução da diversidade da pastagem, uma vez que as espécies com potencial para dominar aquela área cresceriam livremente. Os predadores podem impedir a monopolização do ambiente por uma espécie e favorecer o aumento da proporção equitativa e mais harmoniosa do número de indivíduos de cada espécie.
Outra situação que pode aumentar a diversidade em certo local é quando uma espécie contribui mais do que outras, ocupando nichos diferentes ao longo do seu desenvolvimento e ciclo de vida, por exemplo, os sapos, os insetos e as árvores que possuem diferentes fases de desenvolvimento. Os sapos e os insetos têm a fase de ovo e juvenis na água, alimentando-se e servindo de alimento dentro da comunidade aquática. Em seguida, passam a integrar a comunidade terrestre. Quanto as plantas, elas passam pela fase herbácea, arbustiva e arbórea, quando adulta.