A biodiversidade é decisiva na manutenção e restauração dos ambientes naturais, principalmente nas áreas tropicais. Nas florestas tropicais cerca de 90% das espécies vegetais arbóreas têm suas flores polinizadas e suas sementes dispersas por animais, demonstrando a complexa integração da biodiversidade atuando para manter os ecossistemas. As florestas tropicais se destacam pelo grande número de espécies vegetais, muitas vezes superiores a 100 espécies arbóreas por hectare (10.000m2), equivalente a 1 espécie diferente para cada 10m2.
Nos ambientes naturais, as espécies realizam funções cooperativas que auxiliam na própria sobrevivência e reprodução delas. Os animais e vegetais se encontram organizados em comunidades, através de cadeias alimentares, interagindo na polinização e dispersão, simbioses e várias outras relações ecológicas, a exemplo da competição, predação, parasitismo, epifitismo.
Uma das mais importantes relações é o mutualismo, quando por exemplo, os polinizadores, as abelhas, vespas, mariposas, borboletas, besouros, morcegos, beija-flores, auxiliam na reprodução das plantas que por sua vez são a base da cadeia alimentar de toda a comunidade. A dispersão de frutos e sementes está associada em muitos casos à interação das plantas com aves e mamíferos, denominada zoocoria. Os estudos realizados em matas ciliares (matas adjacentes aos riachos, rios, lagos e nascentes), têm mostrado adaptação à zoocoria pelas plantas, tornando os rios importantes corredores ecológicos naturais.