Glossário de Ecologia

Abiótico: relativo a fatores físicos e químicos do ambiente, que não possuem a condição viva de adaptabilidade, reprodutividade, como água, temperatura, solo.

 

Aclimatação: processos físicos, bioquímicos e fisiológicos que ajustam o organismo a uma condição ambiental diferente, e podem fazer um organismo voltar a condição original após a passagem da mudança ambiental. Por exemplo: mudança de clima, mudança de região geográfica, entre outras.

Acoplamento: dependência recíproca do sistema e seu ambiente que pode ser visto por um observador.

Adaptação: mudança na fisiologia, estrutura ou comportamento de um organismo ou parte da população que ajusta o organismo às novas condições ambientais. Tais mudanças passam a fazer parte de todos os membros da espécie e são permanentes, diferindo da aclimatação. Exemplo: o nosso hábito de andar de pé, o tamanho e funcionamento do cérebro.

Adventício: estrutura que se desenvolve em lugar incomum. Exemplo: o crescimento de raízes a partir dos caules.

Aerênquima: tecido vegetal provido de grandes espaços entre suas células, ocupados pelo ar.

Aluvial: quando nos referimos ao depósito de sedimento pelas águas correntes.

Ambiente: tudo o que está ao redor de um organismo: outros seres vivos (vegetação, animais, microrganismos) e as condições físicas (temperatura, ar, água, solo e outros), incluindo os poluentes. Este termo é melhor utilizado independente de ‘meio’, para evitar redundância.

Amplitude do Nicho: refere-se a variedade de recursos naturais e a extensão das variações ambientais que o indivíduo ou a população de uma espécie pode tolerar.

Anaeróbico: processo ambiental que ocorre sem oxigênio; ou organismo capaz de viver sem este elemento. Existem também aqueles seres que não podem viver na presença do oxigênio e são os chamados anaeróbios obrigatórios.

Análise de Gradiente: retratação e interpretação da distribuição da população de uma espécie ao longo das variações das condições ambientais.

Antera: órgão da planta produtor de pólen.

Antese: momento de abertura da flor, ou o período de floração da espécie.

Antibiótico: substâncias orgânicas que retardam ou impedem o crescimento de organismos, geralmente, produzidos por microrganismos ou plantas.

Associação: grupo de espécies que vivem no mesmo lugar (consulte Vegetação no Índice de Ecologia).

Auto-ecologia: é a forma de Ecologia no qual o foco de estudo é o indivíduo enquanto unidade da seleção natural ou determinada população enquanto unidade da evolução das espécies. Ver Sinecologia.

Autogamia: (1) autofertilização; numa população panmítica é a fusão do gameta masculino com o gameta feminino do mesmo indivíduo. No caso de plantas monóicas hermafroditas ou monoclinas (exemplo: goiabeira), a flor reúne os dois sexos e a fertilização se dá entre pólen e óvulo da mesma flor. No caso de plantas monóicas com flores unissexuais ou diclinas (exemplo: mandioca), o indivíduo apresenta flores masculinas e femininas separadas, chamando-se geitonogamia este tipo particular de polinização autógama; (2) tipo de reprodução sexual nas plantas quando existe menos de 5% de polinização cruzada. As plantas que se reproduzem por autofecundação são quase ou completamente homozigóticas.

Auto-incompatibilidade: impedimento fisiológico geneticamente controlado inibidor da autofecundação.

Autopolinização: transporte do grão de pólen para o estigma da mesma flor.

 

Auto-regulação: é a ideia sobre a existência de limites naturais para o crescimento de uma população ou das populações de uma comunidade. Seria um mecanismo de ajuste às condições ambientais e ao mesmo tempo, contrário a exploração excessiva dos recursos disponíveis aos indivíduos.

Bacia: área de drenagem de um rio ou riacho.

Barreira Ambiental: algum elemento do ambiente que representa um impedimento ao deslocamento das populações. Pode ser natural, como os canais entre ilhas, uma cadeia de montanha, as cachoeiras, entre outros. E também cultural (produzidas pelo ser humano), tais como, as estradas, as cidades, represas.

Bioma: ambiente extenso que envolve diferentes paisagens e ecossistemas.

Biomassa: estimativa da matéria viva de um indivíduo, população ou comunidade.

Biosfera: é o ambiente global onde existe vida, engloba todos os biomas, paisagens, ecossistemas, comunidades e populações.

Biótico: relativo ou pertencente aos organismos vivos e componentes orgânicos da biosfera.

Biótipo: grupo de indivíduos com o mesmo genótipo.

CAM: metabolismo ácido das crassuláceas (Crassulacean Acid Metabolism) – é um mecanismo alternativo de captura de gás carbônico do ambiente durante a noite, para durante o dia ser utilizado para a fotossíntese. É um processo que ocorre em plantas de ambientes quentes e secos que mantêm seus estômatos fechados durante o dia. Exemplo: plantas suculentas, cactos.

Carboidratos: composto orgânico formado a partir de átomos de carbono ligados ao hidrogênio e oxigênio, na proporção de 2:1 (mesma da água H2O). Exemplo: celulose, glicose, amido, frutose.

Centro de diversidade: região geográfica onde há concentração da diversidade genética de uma ou mais espécies. Anteriormente designado centro de origem.

Centro de domesticação: região geográfica onde se domesticou determinada espécie. Muitas espécies (exemplo: seringueira) foram domesticadas independentemente por vários grupos humanos, em épocas e áreas diferentes, como decorrência da grande distribuição geográfica da espécie. Esta origem é chamada de acêntrica. Outras espécies (exemplo: tomate) foram domesticadas fora da área de ocorrência natural do ancestral silvestre.

Centro de origem: região onde o ancestral silvestre de uma espécie distribui-se em estado nativo. Seria a região onde o ancestral silvestre exibia a maior diversidade genética para um número seleto de características, diminuindo a variabilidade à medida que se deslocava para a periferia da distribuição. O conhecimento atual raramente valida a proposição de que o centro de origem de uma cultura coincide com a região em que esta mostra maior diversidade genética, possivelmente porque a relação entre ambos foi enunciada de maneira equivocada.

Cibernético: refere-se ao controle da dinâmica de um sistema através da circulação de informação, comunicando sobre o estado dos elementos do sistema, processo denominado de retroalimentação.

Ciclo de Calvin – C3: uma das séries de reações da fotossíntese no qual o gás carbônico é absorvido para transformar-se em carboidratos numa proporção de 3:1 (3 de CO2 para cada Carboidrato).

Clímax: é a comunidade de plantas que se encontra no estágio mais avançado da sucessão ecológica, capaz de se desenvolver e manter um equilíbrio dinâmico com o meio predominante, enquanto as condições ambientais permanecem relativamente estáveis.

Coevolução: quando duas ou mais espécies tiveram a mesma pressão de seleção, que levou a ocorrência de adaptações específicas em cada uma através das interações entre elas.

Condição: características físicas ou químicas do ambiente que influenciam na fisiologia dos organismos ou no crescimento populacional, mesmo não sendo um objeto de consumo, ou seja, um recurso. Por exemplo, a temperatura, a salinidade, a umidade, a acidez, entre outros.

Consumidor: indivíduo ou população que utiliza um certo recurso. Se o recurso for um produtor (autótrofo), o consumidor é dito primário; se não for um produtor (heterótrofo) poderá ser secundário, terciário, e assim por diante.

Convergência Adaptativa: quando organismos pertencentes a diferentes espécies, apresentam semelhanças na sua forma. É um resultado da adaptação a ambientes semelhantes.

Corredores Ecológicos: são áreas de vegetação que os animais utilizam para migração, geralmente ligam diferentes paisagens, os parques ou reservas.

Critério de Observação: aquilo que é mais importante em uma observação, em ecologia pode ser um indivíduo, população, comunidade, ecossistema, paisagem, bioma ou biosfera.

Deciduidade: eliminação das folhas durante uma época do ano, geralmente durante o inverno e estiagem.

Degradação Ambiental: dano causado ao ambiente provocando a perda de biodiversidade, sua produtividade e qualidade.

Deriva genética: oscilação ao acaso de frequências gênicas em uma população devida à ação de fatores casuais, imprevistos, em vez da ação previsível da seleção natural. O fenômeno é mais aparente em populações pequenas e isoladas, podendo, por isso, constituir-se em importante processo evolutivo, levando à criação de novos taxa.

 

Dique Marginal: é a porção de terra mais elevada da margem do rio, proveniente do transporte de sedimentos pela água durante as enchentes.

Dispersão: processo de disseminação de sementes, frutos ou plântulas para locais distantes da planta que os produziu. Pode ser efetuado pelo vento (anemocoria), pela água (hidrocoria) ou pelos animais, inclusive o ser humano. Ex.: carrapichos, “pega-pinto”, picão e outros.

Diversidade: variabilidade; existência de diferentes formas em qualquer nível ou categoria. Há uma tendência de associar diversidade com o nível macro (exemplo: diversidade de espécies ou diversidade de flores).

Diversidade biológica: conhecida por Biodiversidade, é o aspecto ambiental que engloba todas as espécies de plantas, animais, fungos e microrganismos, além dos ecossistemas e processos ecológicos dos quais fazem parte. Tipos básicos:

Diversidade alfa – diversidade dentro do habitat ou pequenas áreas de habitats.

Diversidade beta – diversidade entre habitats, é a troca de espécie de um habitat para outro.

Diversidade gama – total de espécie de todos os habitats de uma região.

Dominância: quando uma espécie apresenta o maior número de indivíduos de uma certa comunidade ou associação.

Domesticação: conjunto de atividades que visa a ajustar plantas ou animais para uso e consumo pelo homem. As atividades incluem uma série de técnica, a exemplo do modo de reprodução da espécie, sistemas de cruzamento, manejo, capazes de tornar a espécie inteiramente dependente do ser humano para sua propagação, perdendo a capacidade de sobreviver na natureza. Atingindo este estádio, uma espécie domesticada tem sua evolução determinada pela seleção natural e seleção artificial, tornando o homem um agente seletivo de maior força que os agentes naturais da seleção: mutação, recombinação… .

Dormência: (1) condição física ou fisiológica de uma semente viável, que previne a germinação mesmo na presença de outras condições favoráveis; (2) suspensão temporária do crescimento de uma planta ou uma das suas estruturas.

Ecologia: ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o ambiente. Ver página de Ecologia.

 

Ecologia de Sistemas: uma abordagem da ecologia, pela qual no estudo de um certo ambiente natural se considera que os seus diferentes componentes estão unidos pelos fluxos de energia e nutrientes ou por interações populacionais. Seu principal critério de observação é o ecossistema.

Ecologia Evolutiva: uma abordagem da ecologia que integra as teorias da adaptação dos organismos da genética e interpreta a dinâmica dos indivíduos, de suas populações e comunidades no contexto da teoria da evolução. Seu principal critério de observação são os organismos e suas populações.

Emigração: movimento dos indivíduos para fora da população de uma região. Enquanto, a imigração é o movimento que aumenta a população.

Endemismo: quando uma espécie é restrita, confinada, a uma certa região. Ela não ocorre fora desta região. Ex.: o Mico Leão e a Mata Atlântica.

Equilíbrio Ecológico: Conceito polêmico e desgastado em virtude das diferentes interpretações que está sujeito. Está relacionado à ideia de auto-regulação das comunidades e de homeostase dos ecossistemas.

Erosão: é o desprendimento de partes do solo pela ação da água ou do vento. Geralmente acontece em locais onde houve a retirada da vegetação.

Espaço de Atividade: é o intervalo de condições ambientais adequadas à atividade do organismo.

Especiação: diferenciação de uma espécie em duas ou mais espécies distintas e incompatíveis à reprodução.

Espécie-Chave: espécie que possui forte influência na composição, estrutura e auto-regulação de uma comunidade, em geral um predador ou um produtor. Por exemplo, uma árvore que fornece alimentos, sombreamento, umidade, abrigo e suporte para diferentes espécies.

Espécies Exóticas: são aquelas que evoluíram em regiões diferentes do local que estão ocupando. Por exemplo, o Eucalipto (da Austrália), Café e o Coqueiro (da África).

Espécie feral: espécie domesticada que foi reintegrada na natureza e encontra-se em processo oposto ao de domesticação

Espécies Nativas: são as espécies que evoluíram na região que ocupam, por exemplo, a Araucária (pinheiro do Paraná), o Ingá, a Cecropia que se encontram nas proximidades do rio Paraná.

Espécies Oportunistas: são aquelas que conseguem se aproveitar de várias condições ambientais para crescer e reproduzir de maneira mais rápida, quando comparada a outros organismos do mesmo local.

Espécie silvestre: espécie que ocorre em estado selvagem na natureza e que não passou pelo processo de domesticação. Uma espécie silvestre pode apresentar grande distribuição geográfica e ocorrer em vários países simultaneamente.

 

Estigma: órgão da planta receptor do pólen, o qual conduz o grão de pólen ao ovário para efetuar a polinização.

Estômatos: pequenas aberturas na superfície das folhas das plantas que permitem as trocas de gases no processo da respiração. Essas aberturas são reguladas pelas plantas de acordo com a temperatura, luminosidade e umidade, entre outros fatores ambientais.

Estratificação: estabelecimento de camadas distintas de água. Pode ser pela temperatura, salinidade, oxigênio, que conferem diferentes qualidades físicas e químicas das massas de água.

Estrutura do Solo: estrutura física do solo mineral, referente principalmente aos grãos de areia e partículas de silte.

Estrutura Trófica: organização da comunidade do ponto de vista das relações de alimentação.

Eucarioto: organismo que possui células cujo material genético está localizado no núcleo (envolvido pela membrana). Pode ser unicelular ou multicelular.

Eugenia: ciência que ganhou importância no início do século XX, a qual advogava a manipulação do genoma humano, por meio da seleção artificial, visando identificar indivíduos com características consideradas superiores.

Evapotranspiração; ou transpiração dos vegetais: perda de vapor de água pelas plantas, principalmente através dos estômatos, soma as perdas pela evaporação através do solo.

Evolução: processo de mudanças, transformação, que ocorre em todos os seres vivos que melhora sua adaptação ao ambiente. A ocorrência da evolução geralmente associado à mudanças ambientais.

Exótico: indivíduo introduzido em uma região na qual ele não é completamente aclimatado ou adaptado.

Exploração de recursos: é a exploração dos mais variados elementos naturais (água, solo, minerais, fauna, flora entre outros) pelo homem, para satisfazer suas necessidades.

Extinção: desaparecimento de uma espécie de um local ou de uma região. Pode ser em massa, quando atingem várias espécies. Por exemplo, nas mudanças das eras geológicas, como ocorreram com os dinossauros.

Fenótipo: (1) aparência de um indivíduo sem referência à sua composição genética ou ao genótipo; (2) grupo de indivíduos com aparências semelhantes, porém não necessariamente com idênticos genótipos.

 

Fruto: um ou mais ovários da planta quando desenvolvidos, após a polinização e fecundação.

Função na comunidade biológica: Entendemos por função de uma espécie, o resultado das suas atividades que a conectam direta ou indiretamente com os demais membros da comunidade. Por exemplo, a produção de frutos, competição, predação, entre outros. O aspecto funcional de uma espécie diz respeito ao seu nicho ecológico.

Granulação Ambiental: refere-se a uma medida das variações que ocorrem em um ambiente (heterogeneidade), no espaço e no tempo, relacionadas às atividades dos organismos.

Habitat: local com características e componentes ecológicos específicos, onde as espécies estão adaptadas e completam naturalmente seu ciclo biológico. Florestas, savanas, lagos, dentre outros, são exemplos de hábitats. Ver página de Ecologia/conceitos.

 

Heterogeneidade: variedade da qualidade e diversificação dos elementos de um ambiente, geralmente percebido através das partes ou manchas de habitat.

Híbrido: produto do cruzamento de dois ou mais genitores geneticamente distintos.

 

Homeostase: processo de ajustes das funções de um organismo que lhe conferem a condição de auto-regulação, mantendo o ambiente interno mais constante em relação às variações do ambiente externo. Termo também aplicado à dinâmica do funcionamento das comunidades e ecossistemas (consulte o termo auto-regulação).

Imigração: consulte Migração.

Impacto ambiental: é qualquer alteração das características naturais do ambiente (físicas, químicas, biológicas e sociais) causadas pelas atividades humanas. Estas alterações, consequentemente, têm efeitos negativos no ambiente e nos sistemas sociais.

Isolamento geográfico: é o tipo de isolamento que previne o intercruzamento entre populações alopátricas por estarem fisicamente separadas. Esse isolamento, persistindo por muito tempo, poderá conduzir as populações a se diferenciarem morfologicamente como resposta à seleção para diferentes ambientes, bem como as populações poderão se diferenciar de tal maneira que o intercruzamento entre elas não mais será possível, aparecendo assim o isolamento reprodutivo. Se a barreira geográfica desaparecer, as populações poderão voltar a se intercruzarem, formando assim uma única população.

Isolamento reprodutivo: é quando os mecanismos que operam as populações simpátricas, fazem com que as espécies mantenham a sua individualidade e permaneçam distintas uma das outras, sem, portanto, haver intercâmbio gênico.  Existem dois tipos de mecanismos: i) mecanismos prézigóticos, em que a fertilização e a formação do zigoto são prevenidas pela ocupação de diferentes habitats, pelas populações que vivem em uma mesma região; pelo fator temporal ou estacional em que as populações são sexualmente funcionais em diferentes épocas do ano; pelo processo mecânico em que a fecundação cruzada é prevenida ou restringida por diferenças na estrutura dos órgãos reprodutivos; além da incompatibilidade e do isoladamente gamético; ii) mecanismos pós-zigóticos, onde ocorrem a fertilização e formação de zigotos, porém são inviáveis ou originam híbridos fracos ou estéreis; destacam-se a inviabilidade ou deficiência do híbrido, esterilidade no desenvolvimento do híbrido, esterilidade híbrida segregacional e desintegração da geração F2.

Latifoliado: de folhas largas, exemplo floresta latifoliada, na qual a maioria das plantas apresentam folhas largas; é oposto de angustifoliado, exemplo, Araucaria angustifolia, o pinheiro do Paraná, que apresenta folhas finas e pontiagudas.

Lençol Freático: Local que armazena água no subsolo, é um aquífero.

Lenticela: arranjo diferenciado das células de uma parte da planta, em geral na superfície do caule, de modo que as células ficam frouxamente organizadas e permitem a troca de gases.

Linhagem: grupos de indivíduos que têm uma ascendência comum.

Lianas: plantas trepadeiras que se utilizam de outras como suporte para atingir estratos superiores da vegetação a fim de obter luz. Também conhecida como cipós.

Lixiviação: movimento pelo qual minerais, matéria orgânica ou outros elementos do solo, são transportado pela água para locais distantes, em geral, locais mais baixos, como os rios, planícies, córregos.

Microclima: clima detalhado de uma área muito pequena da superfície terrestre, como determinada floresta ou campo cultivado. O oposto de ‘macroclima’, que é o clima de uma área muito grande, tal como um deserto ou um oceano.

 

Monitoramento: verificação periódica de um fenômeno ou processo. Em ecologia, a monitoração é conduzida por longo período (dependendo da espécie).

Monoclina: espécie que apresenta flores hermafroditas. Do grego mono = um, clinos = leito, ou seja, ambos os sexos contidos no mesmo receptáculo floral.

Monoicia: produção de flores masculinas e femininas separadamente na mesma planta.

Migração: Processo de deslocamento de populações, ou parte delas, entre diferentes áreas. Quando ocorre a saída de uma população de uma região para outra, temos uma emigração; quando ocorre a chegada de uma nova população na região, temos a imigração.

Mistura Vertical: troca entre as camadas de água do fundo e da superfície em um lago, lagoa, reservatório (represa) ou oceano.

Mutação: variação herdável de um gene ou de uma estrutura de um cromossomo.

Mutação reversa: reverte o efeito da mutação que tinha inativado um gene, isto é, retorna ao estado selvagem.

Mutação somática: é o tipo de mutação que ocorre em células somáticas e, conseqüentemente, afeta somente os seus descendentes, sendo não-herdável.

Néctar: substância secretada pelas plantas, são ricas em carboidratos e servem como atrativo para os animais potencialmente polinizadores.

Nível Trófico: um nível trófico é cada um dos níveis da cadeia alimentar. Representados pelos produtores e consumidores (primário, secundário, …).

Observação: processo de fazer distinção para caracterizar um lado ou outro do que pode ser diferenciado. Ou seja, reconhecer os diferentes elementos do ambiente e as informações neles contidas.

OGM (Organismo Geneticamente Modificado): qualquer organismo vivo modificado por técnicas do DNA recombinante, isto é, organismo transgênico.

Onivoria: alimentação em mais de um nível trófico da cadeia, o alimento poderá ser de origem animal, vegetal, de detritos, fungos ou outros seres.

Panmixia: cruzamento ao acaso, ou seja, sem restrição.

Perturbação: alteração repentina nas condições ambientais de uma determinada região. Pode ser de origem natural, a exemplo das geadas, inundações, tempestades, tornados, entre outros agentes. E também de origem cultural, tais como os desmatamentos, despejos de poluentes, drenagem de alagados, represamentos, entre outros.

Plâncton: organismos aquáticos que flutuam livremente na água, de acordo com as mudanças na coluna d’água (mistura vertical) ou nas correntes de água.

Plantas C4: plantas que possuem um mecanismo alternativo de captura de gás carbônico no qual é fixado um átomo a mais do que o padrão C3 (consulte Ciclo de Calvin).

Planta fenotípica: mudança morfológica em um organismo quando sujeito a distintos estímulos ambientais. Um exemplo comum é uma planta aquática, cujas folhas submersas apresentam morfologia diferente daquelas que ficam sobre a água. Outra situação, frequente entre plantas daninhas e plantas invasoras, é a profusão de morfologia foliar presente entre os indivíduos da população; estas formas são definidas como morfotipos. Capacidade mostrada pelo genótipo de assumir fenótipos diferentes. Toda plasticidade fenotípica é geneticamente determinada.

Planta transgênica: planta que recebeu dentro de suas células material genético estranho, via biotecnologia.

Pólen: estrutura onde está o gameta masculino das plantas que produzem flores.

Polimorfismo: ocorrência, em uma mesma população, de duas ou mais formas distintas.

 

Polinização: processo de transporte do material genético contido nos pólens entre a antera e o estigma da flor de uma planta. Pode ser na mesma flor, entre flores diferentes da mesma planta ou entre as flores de plantas diferentes.

Polinização cruzada: transporte do grão de pólen de um indivíduo para o estigma da flor de outro indivíduo.

População: grupo de indivíduos que compartilham de um mesmo grupo de genes.

População heterogênea: aquela constituída por indivíduos com diferentes constituições genéticas.

População homogênea: população constituída por indivíduos com mesmo genótipo, podendo estes estarem em homozigose ou heterozigose.

Raça: população que apresenta uma ou mais características peculiares que a distinguem de outras populações da mesma espécie. Raças geralmente não são enquadradas em categorias taxonômicas

Raça Ecológica: população ou conjunto de populações com distribuição restrita e que está estritamente adaptada às condições de um habitat local. Na prática, pode ser difícil caracterizar uma população como ecótipo ou raça ecológica, especialmente na ausência de testes de cultivo experimental.

Raça ecológica: população ou conjunto de populações com distribuição restrita e que está estritamente adaptada às condições de um habitat local. Na prática, pode ser difícil caracterizar uma população como ecótipo ou raça ecológica, especialmente na ausência de testes de cultivo experimental.

Raça Edáfica: população adaptada para as condições físicas e químicas do solo local. Raças edáficas são uma modalidade de raça ecológica e geralmente seus indivíduos apresentam características morfológicas peculiares. A especiação edáfica é vista hoje como preeminente no grupo das angiospermas.

Raça fisiológica: patógenos da mesma espécie, com morfologia similar ou idêntica, mas com diferentes níveis de virulência. É também denominada raça patogênica ou patótipo.

Raça geográfica: população ou populações de uma espécie que ocorrem em determinada região geográfica da distribuição da espécie. Geralmente, são populações alopátricas isoladas e que mostram uma diferenciação fenotípica para um ou mais caracteres, habilitam-se como categoria taxonômica formal. Geralmente, a subespécie em botânica corresponde à raça geográfica em zoologia.

Raça local: (1) forma antiga e primitiva de uma espécie agrícola, cultivada em sistemas agrícolas tradicionais por agricultores, indígenas e populações rurais, e cuja evolução é principalmente direcionada pela seleção artificial que o homem lhe impõe; (2) variedade crioula.

Recurso: uma substância ou elemento do ambiente necessário a um organismo para sua manutenção, crescimento e reprodução normais. Quando o recurso é escasso em um certo ambiente é considerado um fator limitante.

Relógio biológico: mecanismo interno de marcação do tempo que governa o ritmo de atividade ou repouso dos organismos.

Respiração: processo de obtenção de energia que ocorre nas células dos organismos, geralmente, na presença de oxigênio (oxidação) e que é denominada respiração aeróbica.

Ressonância: significa que o sistema pode reagir aos eventos ambientais apenas em concordância com sua própria estrutura.

Ressurgência: movimento vertical da água, em geral próximo à costa marinha, provocados pelos ventos, disponibilizando os nutrientes que antes se encontravam no fundo.

Rupestre: organismo que vive nas pedras.

Rusticidade: tolerância do indivíduo a condições adversas de estresses causados pelo meio ambiente.

Savana: sistema natural caracterizado pela ocorrência de uma vegetação herbácea dominante, com a presença de árvores e arbustos esparsos e geralmente de troncos retorcidos.

Seleção: discriminação entre indivíduos quanto ao número de descendentes que são preservados para a geração seguinte; favorecimento de determinados indivíduos em relação a outros.

 

Seleção Natural: processo de mudança nas características genéticas de uma espécie, em virtude da melhor adaptação de um grupo de indivíduos ao ambiente. Tais mudanças passam a fazer parte de toda a população da espécie.

Semente: o óvulo maduro e desenvolvido, podendo ser incluído num fruto ou ser ele mesmo desde que seja envolvido nas paredes do ovário e com capacidade germinativa.

Sistema Social: sistema que se diferencia do ambiental, pela comunicação interna e não só pela comunicação através do meio (cibernética). A sociedade é o sistema social que inclui todas as comunicações com significados específicos, os quais atribuímos com o desenvolvimento da nossa cultura.

Sobrevivência: Processo natural resultado da evolução de organismos melhor adaptados ao ambiente permanecendo vivo. É uma medida da adaptação.

Subespécie: categoria taxonômica abaixo de espécie. Subespécies são populações (taxa) de uma mesma espécie que apresentam uma ou mais diferenças morfológicas entre si e que, regularmente, mostram uma distribuição geográfica específica.

Suscetibilidade: inabilidade de uma planta para resistir, inibir ou evitar as atividades de um patógeno, praga, ou suportar uma condição adversa do ambiente.

Suscetível: organismo que não possui habilidade para resistir ao ataque de um patógeno ou inseto.

Subosque: estrato ou camada de vegetação cuja altura das plantas é superior a da camada de herbáceas e inferior a altura da camada das árvores do dossel (consulte a tela de vegetação pelo índice de ecologia).

Tamanho efetivo da população: número de indivíduos que contribuem igualmente para formar a próxima geração.

Táxon: conjunto de organismos que apresentam uma ou mais características comuns e, portanto, unificadoras; essas características os distinguem de outros grupos relacionados e que se repetem entre as populações ao longo de sua distribuição. Plural: taxa.

Taxonomia: estudo da classificação dos seres em categorias de várias ordens, baseado em semelhanças e diferenças entre eles, com a descrição e denominação destas categorias.

Termodinâmica: estudo das trocas de energia em um dado sistema (natural, artificial, celular ou cósmico). Neste estudo, o calor é usado como medida dessas trocas. A primeira lei da termodinâmica afirma que o total de energia do sistema universal tende a permanecer constante. A Segunda lei, a da entropia, diz que a energia dispersa, incapaz de realizar trabalho, tende a crescer. Os organismos representam o contrário da entropia, são exemplos de auto-organização.

Tropismo: movimento do organismo ou parte dele, em um determinado sentido, em virtude de um estímulo externo. Exemplo: geotropismo, raízes crescem no sentido do solo, fototropismo, galhos se direcionam para cima em busca da luz.

Variação epigenética: variação transitória induzida pelo ambiente no fenótipo; é perpetuada por propagação assexuada, sem envolver mudanças permanentes (herdáveis) no genótipo.

 

Variação fisiológica: variação entre indivíduos em virtude dos estímulos de ambiente; desaparece com a remoção da causa. Variação não-persistente (nãoherdável).

 

Variação genética: variação de natureza herdável, que se perpetua com a reprodução sexuada nas gerações subseqüentes. Variação somaclonal: variação entre indivíduos regenerados a partir de cultura de tecidos; pode ser fisiológica, epigenética ou genética.

 

Variância ambiental: parte da variância fenotípica devida a efeitos do meio ambiente ao qual os indivíduos de uma população estão expostos.

Variância fenotípica: variância total que encerra a variância genética e a variância ambiental, exteriorizada por indivíduos de uma população para determinado caráter.

Variância genética: parte da variância fenotípica devida às diferenças na constituição genética dos indivíduos de uma população. Pode ser decomposta em aditiva (sem interação alélica), dominante (com interação entre genes alelos) e epistática (com interação entre genes não-alelos).

Variância: média dos quadrados dos desvios de uma variável em relação a sua média; é o quadrado do desvio-padrão.

Variedade crioula (Landrace): variedade não-melhorada, cultivada por produtores locais, originária de populações silvestres.

Variedade tolerante: tem a capacidade de suportar o ataque de um patógeno sem que ocorram danos significativos na produção.

Variedade: categoria taxonômica de planta sempre abaixo daquela de espécie: 1) em taxonomia vegetal, a variedade ocupa uma posição abaixo da categoria de subespécie, mas acima da categoria forma, e é sempre escrita em latim (exemplo: Euphorbia milii var. milii); 2) em melhoramento genético, a variedade é sinônimo de variedade cultivada e de cultivar. Nomes de cultivares ou variedades criados a partir de 1o de janeiro de 1959 devem ter um nome imaginário (exemplo: Solanum tuberosum cv. Alba striata ou batata “Alba striata”) e devem ser bem diferentes de um nome botânico escrito em latim. Ver cultivar.

Vegetação superveniente: é a que ocorre quando uma planta ou cultura, por condições desfavoráveis, antecipa e completa seu ciclo, porém, ocorrendo condições favoráveis, apresenta uma nova vegetação, completando um segundo ciclo vegetativo.

Vernalização: tratamento com baixas temperaturas, que condiciona algumas espécies a florescerem ou sementes a germinarem.

Vicariância: são espécies semelhantes e que possuem um ancestral comum. Estão presentes em áreas vizinhas, porém os seus nichos não se sobrepõem.

Vírus: consistem de seguimento de ácido nucléico envolto por uma cápsula protéica. Vírus só podem se reproduzir após infectar uma célula e usar seu mecanismo celular de replicação. Eles podem causar doenças em plantas e animais, mas podem ser usados como vetores em terapias gênicas para introduzir novo DNA no genoma da célula.

Vulnerabilidade Genética: condição de estreita diversidade genética.

 

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